Festival de Cinema Baiano

 Mostra Competitiva recebe inscrições

O IV FECIBA – Festival de Cinema Baiano recebe inscrições de filmes (Baixe aqui o regulamento) de curta duração de todas as partes da Bahia. O evento, que acontecerá em maio de 2014 na cidade de Ilhéus, na Bahia, fomenta a difusão do cinema produzido no Estado e se consolida como principal ponto de encontro entre o realizador baiano e o público. As inscrições podem ser feitas online entre os dias 10 de janeiro a 15 de fevereiro, gratuitamente.
Filmes de qualquer gênero podem ser inscritos na Mostra Competitiva. Podem se inscrever pessoas maiores de 18 anos, com obras finalizadas e duração máxima de 30 minutos. Todas as obras selecionadas para exibição no festival receberão um certificado digital de participação.
A etapa de julgamento – premiação – será realizada por voto popular, tendo como prêmio o troféu FECIBA. O primeiro colocado receberá o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) em dinheiro, como premiação. E por Voto do Juri técnico que premiará os filmes nas categorias Direção, Roteiro, Direção de Arte, Montagem, Desenho de som, Trilha sonora, Direção de fotografia, Ator e Atriz com o troféu FECIBA e o Melhor filme com um prêmio de R$ 2.000,00 e mais troféu FECIBA.
A ficha de inscrição se encontra no site do festival e o material pode ser enviado por correspondência ou por meios digitais, como Vimeo, Wetransfer, You tube entre outros.
Além da mostra Competitiva, o festival oferecerá atividades como oficinas de formação e workshop com profissionais capacitados, exibição de filmes de longa duração além de bate-papo com os realizadores dos filmes. Para saber como foram as edições passadas do evento e mais detalhes sobre as inscrições no festival, acesse o site oficial do FECIBA.
O IV Festival de Cinema Baiano conta com o apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB por meio Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia e realização do NúProArt – Núcleo de Produções Artísticas e da Voo Audiovisual.

Clique aqui e faça sua inscrição.
Clique aqui e baixe o regulamento.



II Festival de Cinema Baiano

Está acontecendo em Ilhéus o II Festival de Cinema Baiano, que exibe produção de todo o estado durante os dias 2 a 7 de abril. O Pirilampo está acompanhando as mostras e trazemdo análises de curtas da Mostra Competitiva e dos longas da Mostra atualidades.

Foto: Divulgação


Pedro Bala, Professor, Gato, Sem Pernas e Dora os capitães de Jorge Amado que ganharam as telas do cinema. Assim como no romance, o filme Capitães da Areia, nos apresenta esses capitães e suas rotinas, um grupo de menores abandonados que viviam em Salvador nos anos 30. Roteiro baseado na obra de Jorge Amando que causou polêmica no ano de seu lançamento ao ser acusado pelo governo por propaganda comunista, vem agora com uma obra cinematográfica alinear e com toques de sensibilidade que nos faz transitar entre o lúdico e o real, lúdico pela forma que os roteiristas Cecília Amado, também diretora e Hilton Lacerda, posicionaram a obra e real pelo contexto social que essa obra está estruturada que não foge da realidade de hoje.
Trilha sonora de Carlinhos Brown impecável fazendo uma quebra da linha histórica. A fotografia um espetáculo de cores e textura, por Guy Gonçalves.
O filme Capitães da Areia quebra a barreira do contexto histórico por tratar de mazelas da sociedade que não se limitaram ao passado. Os capitães transformam os "moleques de rua" em hérois de si mesmos, mas que não deixam de ser meninos, como é dito por Dora: "São apenas meninos como qualquer outro."Um filme com grande valor para as comemorações do centenário de Jorge Amado.

Por Eline Luz


Foto: Divulgação



Um pretenso escritor e uma aspirante a diretora de cinema envolvidos num clima bukowskiniano de bebida, cigarro e ex-amores são exibidos numa proposta bacana de plano-sequência. Com um diálogo reflexivo, repleto de analogias literárias e cinematográficas, que preenche as lacunas de alguns enquadramentos desconfortáveis, NMVF ainda oferece uma estética agradável, com boas interpretações e uma trilha simplesmente tocante.



Por Mila Carillo








Foto: Teaser

Costumes culturais marcantes do semi-árido baiano relacionados a gênero, mas que se tronaram insustentáveis. A história de Pintadas é a luta de mulheres organizadas do semi-árido contra o machismo, conquistando espaços e apresentando o quanto a rotina daquele lugar passou a fluir com mais harmonia após estas conquistas.
Uma bela fotografia e trilha sonora de sambistas da cidade, partida inicia-se a partir do time de futebol de mulheres da cidade com depoimentos de quem conseguiu quebrar barreiras e agora vivem um novo momento, a virada do jogo.

Por Eline Luz


Foto: Video

Jornada com muitos obstáculos de estudantes da zona rua para chegar até a escola. É o primeiro dia de aula do professor de matemática que caminha com expectativa. O roteiro que agrega a história de vários personagens rumo ao mesmo ponto, a escola fechada por conta de um cadeado emperrado. Um tema falado, mas que foi problematizado neste curta de um modo diferente, a dificuldade e a decepção é colocada para todos, independente das limitações. A trilha aplica um bom ritmo a jornada que alguns desistem no primeiro momento enquanto uns vão até o objetivo.

Por Eline Luz



Foto: Video


A grande romaria de Bom Jesus da Lapa vista em dois momento, o curta contempla o lado religioso e o lado profano/ comercial do evento. Religião e homossexualidade compartilhando do mesmo sentimento a fé. Imagens bem trabalhadas e uma sacada muito boa quanto a narração, imagens da romaria enquanto ouve-se variadas orações.  

Por Eline Luz

A Maquina

Roteiro delicado e muito bem trabalho, contando a história de uma família a partir de um objeto. Belas imagens e trilha e principalmente uma boa atitude ao construir o roteiro e executar o video sem nenhum apoio.

Por Eline Luz



Boi Bandido


Curta que se passa no semi-árido baiano. Relacionando educação e imaginação. Um garoto com baixa visão que tem dificuldades de escrever, conhece uma senhora contadora de história que abre as portas de sua imaginação. O roteiro trabalha muito bem a cultura popular daquela região, imagens trabalhadas em cima da paisagem da região.

Por Eline Luz
Foto: Divulgação



Em um roteiro trabalhado com imaginário e a fé, Junca um menino morador de uma favela, que vive em um lar de conturbações. É perseguido por meninos do bairro que querem roubar o seu objeto de apego, o tênis, encontra na fuga o preto velho que lhe mostra uma saída , ter fé. Um belo curta que não deixa a desejar no elenco, o Junca é um destaque assim como o preto velho, Carlinhos Brown que também compôs a trilha que por sinal, belíssima.

Por Eline Luz





Foto: Divulgação

Apesar da dificuldade em abordar temas tão delicados quanto o preconceito racial, a homoafetividade e os questionamentos ligados à religiosidade, Pola Ribeiro conseguiu, através de Bonfim (Antônio Godi), desmistificar um pouco do universo do candomblé. Um filme rico em simbologias, muitas compreendidas apenas por iniciados ou estudiosos da religião, foi capaz de encantar também a leigos graças, inclusive, a discretos esclarecimentos nos diálogos. Além disso, foi levada à telona uma boa representação do que é aprender a lidar com traços religiosos tão enraizados em meio a tantos conflitos pessoais (a bissexualidade, um casamento conturbado, a não aceitação de seu "destino") e como é viver essa tradição em um mundo modernizado (traduzido em Salvador) que, em tese, não condiz com os ensinamentos por ela propostos, principalmente no tocante à obediência, ao sacrifício, ao equilíbrio e, acima de tudo, às questões ambientais (seja na resistência do personagem com relação ao elemento de seu Orixá, seja no que diz respeito ao espaço urbano, em si).
Um longa bastante baiano e contemporâneo que deixa reflexões e críticas muito relevantes em torno da intolerância religiosa e faz pensar em alguns aspectos que passam batido em nossa educação formal, a exemplo do conhecimento desse "mistico" tão facilmente aplicável a tantas outras questões da vida em sociedade.
Com conflitos bem trabalhados no roteiro, Pola ainda contou com um elenco convincente, uma fotografia muito boa (Antônio Luiz Mendes), uma arte bastante atenciosa (Gilson Rodrigues) e uma trilha sonora de arrepiar.

Por Mila Carillo




Foto: Video



Uma animação que transborda sensibilidade onde uma garotinha busca um novo mundo na magia da televisão, onde tudo é possível, tudo pode ser construído com a imaginação, mas que no fim é apenas imaginação. A partir do envolvimento do imaginário e TV consegue construir uma crítica a influência que a TV pode causar. Levando a uma realidade não presente e a decepção ao despertar para realidade.

Por Eline Luz


Foto: Divulgação

Um enredo muito bonito dá vida ao curta-metragem "O Caso de Ester", que apresenta Marcos envolvido em uma paixão delicada por uma moça bem mais jovem que ele em um momento em que o aspirante a escritor de livros policiais descobre a poesia e o amor. Com tomadas bem trabalhadas, principalmente àquelas que remetem aos devaneios do rapaz, o curta fraqueja com relação aos diálogos e às interpretações do elenco principal.


Por Mila Carillo




Foto: Vídeo
Uma vila de pescadores é o ambiente onde um garoto fica dividido entre seus amigos e um momento de transição: sair para pescar no mar com os mais velhos. A trilha envolvente ao toque de berimbaus, dá um tom especial ao belo trabalho com não-atores.


Por Mila Carillo








Foto: Vídeo
Uma história comovente nos apresenta Margarida, uma senhora deixada numa asilo pelo filho, a pedido de sua nora grávida. Os anos passam, exibindo na tela um desenho de som delicado. Com uma Arte muito simpática, o curta encanta com uma avó "burlando as regras" com a ajuda de amigos para conhecer sua neta.

Por Mila Carillo



Foto: Vídeo
 Um professor de francês decide correr atrás do sonho de conhecer Paris e a mulher por ele  idealizada.  Adorável direção de arte e de fotografia (a forma como as tomadas foram feitas de modo a retartar uma Salvador parisiense foi bem surpreendente para quem não conhece a cidade). Com uma estrutura de roteiro bem trabalhada, o curta ainda encanta com uma trilha sonora muito charmosa! 


Por Mila Carillo